quinta-feira, 18 de agosto de 2016
































sempre contigo
embora o silêncio.

é o silêncio que nos afasta e não a distância.

abraço-te.










segunda-feira, 15 de agosto de 2016





























os dias lentos em que te recordo. com a saudade de quem te quer sempre perto. para que possas testemunhar a beleza da terra que me viu nascer - adormecer e acordar sentindo o teu corpo feito ao meu. como um poema que se sente na pele. com tamanha força. que cada letra se faça coração - amor. tantas vezes te procurei o sentido por entre as ramagens das árvores onde fiz ninho. tantos ninhos quiseram partir ao teu encontro. para que ali fizesses casa. e te criasses pássaro - entardece devagar deste lado do mundo onde te espero. de braços abertos à vida - tanto te quero dizer. tanta vida te quero dar. que é como se por dentro da noite todas as estrelas se fizessem espera. e juntas são esta luz imensa onde te guardo - queres viver comigo. pergunto





quarta-feira, 10 de agosto de 2016







seguro o espanto 
para dizer-te que o amor me persegue
já mais à frente segue-me o coração 
permeado de silêncio. 




reencontrar-te. encostar a minha cabeça ao teu peito. deixar que o coração fale comigo. aflito. muito baixinho. bate-me do lado onde a dor é mais funda. o esquerdo - apesar de tudo. transmuto a dor em luz e sigo. com fé. que sou o meu caminho e minha vida. que é tanta. é sagrada - vinte e oito anos nos separam. quantos renascimentos. quantos sentires - e assim o coração quis que te encontrasse e por detrás das grades te mostrasse que o amor é o bem mais precioso que existe. dentro e fora de mim - nenhum precipício nos conhecerá. nenhuma ausência. que a presença dos braços assim dados ficará para sempre na memória da pele. como um retrato que a felicidade me impede de esquecer - 













terça-feira, 9 de agosto de 2016











nenhuma palavra será suficiente: alma - esta aparente melancolia de compreender. finalmente. a plenitude. e perceber que a vida é isto            .
permanecer a cultivar o silêncio. até ao fim dos tempos. por tudo o que vivemos. para onde formos. com o peito feito vento - guardarei para ti o meu silêncio. o mais sagrado. e é dentro do meu peito que tudo isto acontece. no coração. tão dentro que o silêncio assim cresça e sustente o ser. o ser-me em ti
recordo agora os dias mansos onde nos perdemos. e recordar é reconhecer-te e respeitar-nos. pela tua-nossa-história - respeito o teu ser e a ele me dirijo. quero dizer-te o mundo. queres ouvi-lo? do meu coração eu estendo as mãos e entrego amor. agora e para sempre. assim seja a nossa vontade
permanecer em contemplação e agradecimento. pelo amor em nós. pela vida que assim nos cuida. per-ma-ne-cer-te. minha estrela guia



sábado, 6 de agosto de 2016



























"Cuéntamelo otra vez, es tan hermoso
que no me canso nunca de escucharlo.
Repíteme otra vez que la pareja
del cuento fue feliz hasta la muerte,
que ella no le fue infiel, que a él ni siquiera
se le ocurrió engañarla. Y no te olvides
de que, a pesar de los problemas,
se seguían besando cada noche.
Cuéntamelo mil veces, por favor:
es la historia más bella que conozco".
amalia bautista 








dizer: amor - é perceber que tudo está consumado - meus olhos que de tanta luz quase cegaram. meu coração que te tanto amor quase se perdeu - conta-me dessa outra vida onde nos conhecemos e passeamos de mãos dadas fazendo entardecer. e recorda-me desses dias grandes como noites. onde enraizamos os corpos. sempre tão perto - dá-me o teu corpo. quero lançar-lhe âncora e dizer-te amor como quem se esquece que a realidade existe - que a realidade é esta onde nós nos damos. onde nos reconhecemos e reencontramos - quem és tu de novo - por onde andaste. que tormentas te encontraram. descansa nos meus braços. nenhuns braços te esperaram tanto.